sábado, 15 de agosto de 2009

Abre-se o pano...



Abre-se o pano… a sala encontra-se cheia, as pessoas esperam ansiosas, curiosas para ouvir, ver, sentir a magia que vai ser apresentada e transmitida pelos actores! Aqueles seres que num mundo onde se luta para se aparecer e ser famoso, cada vez mais são esquecidos… São eles que nos vão oferecer um momento diferente, melhor ou pior, agradável ou um pouco aborrecido… consoante a peça, o tema, o nosso estado de espírito…
O teatro já teve muita mais importância do que tem na actualidade. A imensa oferta de actividades e o factor económico, têm sido grandes influências na pouca procura desta grande arte, que é o teatro!
Mas, felizmente, ainda existe um considerável número de pessoas que não dispensa uma boa peça. Normalmente, nos grandes recintos, ainda se vive o teatro à moda antiga… O indivíduo vai ao teatro para ver e ser visto…
A peça começa logo quando se entra, no foyer… observa-se, comunica-se, escuta-se, sente-se o cheiro dos perfumes que pairam no ar, mulheres bonitas e bem vestidas, os homens bem parecidos…
É certo que o teatro se modernizou, e esta é a parte a que se dá menos importância, já não se vai ao teatro com o objectivo de se conhecer pessoas importantes ou até de utilizar o seu papel social… hoje, talvez haja mais sinceridade no que diz respeito à própria arte! Só vai quem quer mesmo ver, quem aprecia, e depois, é claro que se houver oportunidade para um ou outro contacto…
Contudo , não podemos deixar esta grande arte, entre outras, cair no esquecimento, saiam de casa, livrem-se daquele velho sofá que os prende e obriga a olhar para o mesmo televisor de sempre, e vão esquecer um pouco o amargurado quotidiano com uma boa peça de teatro!
Recomenda-se:
Piaf - teatro politeama - é um espectáculo de Filipe La Féria segundo o texto de Pam Gems que teve a sua estreia nacional no dia 8 de Maio no Teatro Angrense da Ilha da Terceira e estreou no Teatro Rivoli no Porto merecendo o aplauso unânime do público e da crítica que considerou "o espectáculo mais sensível de La Féria" (Jornal de Noticias).


www.teatropoliteama.pt/

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ler para quê?

Curiosamente, é sem sombra para dúvida dos maiores prazeres que a vida te pode oferecer.
Se tens hábitos de leitura entendes aquilo a que me refiro… se infelizmente não é o caso, então começa hoje mesmo.
Ler é princípio de tudo, é saber estar, saber falar, saber escrever… saber comunicar.
Incentivar as crianças a ler desde tenra idade, a ir a livrarias, bibliotecas, criar uma relação de proximidade com os livros, só lhe trará benefícios para o futuro, ler é saber crescer.
Dentro desta vasta panóplia de assuntos, de novos conceitos que invadem as livrarias diariamente, não é difícil encontrares o teu “género” de leitura, mas por vezes essa é a grande dificuldade… escolher um livro… ou escolher o livro certo… qual é o teu género? Descobre… e a partir daí o “teu mundo vai crescer exponencialmente…
A vida não te corre bem… lê… é uma óptima maneira de mandar os “outros à fava”, de não comeres asneiras, e uma excelente forma de aprender a estar só.
Acredito piamente se as pessoas em geral lessem mais, a “sua realidade” seria bem melhor, pois através da leitura, principalmente aquela por prazer, desenvolve-se a imaginação e descobre-se um mundo da fantasia, de linguagens diferenciadas, enriquecendo o vocabulário… e de uma forma dinâmica é uma das melhores formas de adquirir informação!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SALDOS?? 30%, 50%, 70% ... há 100%???



Acordar de manhã, tomar o duche diário, vestir… o quê? Que vou vestir hoje?

Aqui encontramos uma questão que não nos devia preocupar minimamente – porquê tanta roupa, porquê esta preocupação…

Para nos sentirmos bem? Para mostrar aos outros? Para andarmos limpinhos? Para nos abrigarmos? …

O que é certo é que agora estamos em épocas de saldos e mesmo com a crise, as lojas enchem, as pessoas compram… “estamos num mundo de consumistas e materialistas” – dizem os entendidos ou mesmo os que conseguem perceber o quanto isto é uma matéria fútil… mas o que é certo, é que todos acabam por comprar… uns mais, outros menos, mas o defeito é em geral!
Entrar numa loja daquelas mais conhecidas e de custos mais baixos, é um desafio, chega mesmo a ser uma guerra… ver aquelas criaturas femininas em busca daquela peça XPTO, no meio daquelas montanhas de roupa… e os provadores? Tudo junto, sem nexo, desarrumado, peças de roupa no chão, experimentadas por n pessoas, que depois terminam novamente nos expositores… sim, mas nós gostamos disto… e depois ainda vêm com distâncias e tal… olha a gripe...

50%, 70% … é disto que todas procuram. Mais uma peça a 10 €, outra a 5 €, ai aquela já é 17 €. E depois não se pode passar uma época de saldos sem comprar uma peça de roupa um pouco mais cara, a tal que se namorou um ano inteiro…e os números mais baixos, S, M... 34, 36... puff desaparecem num piscar de olhos...
Mas então, porque é que as pessoas se preocupam tanto com a roupa? Para quem ter um roupeiro cheio a perder de vista? Já dizia a mãe da minha amiga…”não precisamos de muita roupa… só temos um corpo!”. E realmente é verdade, sem dúvida que esta é a mais verdadeira realidade.

A moda…temos de andar na moda - (para se enquadramos na sociedade)

Estilo …temos de ter um estilo próprio - (para sermos diferentes, preferencialmente na positiva)

Limpeza… temos de andar limpinhos - (mas para isso não era preciso tanta roupinha, e sim lava-la mais vezes)

Abrigar… sim, proteger do frio e do calor - (mas com as peças de roupa da moda, cada vez mais, fica-se com a sensação de desabrigar)

Tenho a opinião que as pessoas dão cada vez mais importância ao aspecto exterior e esquecem-se do interior. Utiliza-se a imagem como uma arma. Antigamente dava-se mais valor à inteligência, à cultura, à boa aparência e não necessariamente à roupa e à sua etiqueta…

Por isso, vamos Despir-nos de ideias fúteis, inúteis e consumistas… vamos ter mais atenção às coisas boas da vida e esquecer os bens materiais como únicos seres portadores de felicidade. E com a crise, até se torna mais fácil…

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

6 billion others


www.6billionothers.org/

Trata-se de um excelente documentário/filme, realizado em 75 países de todos os continentes, contento 5000 entrevistas. Um projecto de Yann Arthus-Bertrand.
Passou na 2, durante uma semana à noite, e eu fiquei colada ao ecrã… é sem sombra de dúvida um retrato surpreendente da sociedade representativa dos quatro cantos do mundo.
Perguntas como: O que é a felicidade? Que lições aprendemos através das dificuldades da vida? Qual é o significado da vida? E da morte?... foram respondidas frente ao uma câmara de filmar, algumas respostas verdadeiras historias de valentia, simplicidade, coragem, amor pela vida. Impressionante.

Sigur Rós

www.youtube.com/watch?v=VF24eQFe3hc

Esta banda islandesa de post-rock formada em 1994, por três amigos, produz música melódica, muito agradável de ouvir e re-ouvir.
Sigur Rós, que em português significa rosa da vitória, em homenagem a irmã recém nascida, receberam elogios dos grandes nomes da musica, como é o caso dos, Radiohead, e até já alinharam juntos.
Já actuaram em Portugal no passado mês de Novembro de 2008 no Campo Pequeno, infelizmente não tive o prazer de os ver nem ouvir ao vivo… fica para a próxima.
Para quem não conhece aqui fica uma boa sugestão… para quem já ouviu, acredito que ficaram a apreciar esta fabulosa banda, sem dúvida boa música para admirar.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quero apanhar a gripe A!!!



Sim é verdade! E já tentei, viajei este ano e estive em três países diferentes, (que pelas notícias haveria contaminados), fui a festivais de música onde estavam milhares de pessoas, e fui atendida por pessoas devidamente armadas… com mascaras e supostos desinfectantes, as quais me fizeram sentir uma verdadeira terrorista.
Mas nada… onde está a gripe? Provavelmente só irei apanhar uma constipação ou a vulgar gripe no Natal… como sempre… e isso não conta? É de facto uma descriminação á tal indesejável constipação. Quero férias, descanso, não quero ver os meus colegas de trabalho, nem os cliente durante quarenta dias…
Preciso de tempo para mim, para ler os livros que estão lá em casa, de escrever aqui ou ali, de descansar…
Só vejo benefícios, o único inconveniente é engordares mais as contas aos benfeitores, que produzem o tamiflu, que já contam com milhões de euros em lucros…

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Obra de Arte



Tantos significados, teorias, conversas e opiniões…mas afinal o que se entende por obra de arte? Uma peça rara, cara, elaborada por um grande artista???
Não será a arte um reflexo do nosso olhar? Manifestando-se das mais diversas e imagináveis maneiras?
A arte alimenta-se da ingenuidade do homem, da sua imaginação, aquela que ultrapassa os limites do conhecimento, pois só ai poderemos encontrar a sua verdadeira alma… então não estaremos a falar de artistas e não de arte? Se tudo em nosso redor for meramente uma expressão das diversas sociedades e da sua mentalidade, então a arte será a contemplação e o descobrimento da sua alma…
Já dizia Gandhi “A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”.
Encontrar beleza nas mais insignificantes coisas do nosso quotidiano... um exercício diário…
Observe, não olhe …
Escute, não oiça…
Experimente, não sinta …
encontre o artista que está dentro de si e perceba que vive numa enorme obra de arte.
e porque a arte não são só coisas belas, elas surgem em qualquer coisa… ela está no seu olhar, dentro de si!
veja, ao canto superior da sala, mesmo ao pé do tecto…sim, aquela teia que se esqueceu de limpar… contemple, repare… é uma obra de arte
acorda de manhã e ao seu lado, o seu parceiro a dormir…a ressonar talvez… é uma obra de arte
aquelas folhas caídas no chão, numa manhã de Outono, ventosa e fria… é uma obra de arte
aquela musica pimba, que o idoso ouve no seu rádio ainda a pilhas sentado no banco do jardim, e que o acompanha… é uma obra de arte

Julio Cortázar…


Comecei a ler este livro, e confesso que já que estou apaixonada pela história, pelo autor, pela audaciosa maneira como o apresenta.
Este escritor argentino iniciou uma nova forma de fazer literatura, sendo este livro uma autentifica revolução na ordem tradicional de ler.
Poderás ler de formar normal (página 1, 2, 3… ou seguindo a listagem fornecida), qual seja a opção irás encontrar um romance cheio de humor, ousado e absolutamente original.
Embora escrito à 45 anos atrás, só agora está disponível a tradução em português… a meu ver uma falha inaceitável, de um autor a reter e de um livro a não perder.